quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Expansão da UnB em questão. E agora?


Expansão da UnB em questão. E agora?
*** texto entregue aos CAs: no conselho de entidades de base (CEB) no dia 13/11/2007

No mês de outubro o centro da pauta de todas as Universidades Federais Brasileiras foi à entrada ou não no Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI. Na Universidade de Brasília, a adesão ao projeto ocorreu de forma autoritária e atropelada. O debate foi exclusivamente restrito às instâncias da reitoria sendo que os colegiados de curso o fizeram de maneira fatiada, com uma análise para seu curso, sem discutir o impacto do projeto para toda a UnB. Somado à imposição de curtos prazos e a ausência de diálogo com a comunidade, a intervenção do movimento estudantil não foi capaz de impedir que as linhas gerais deste projeto fossem aprovadas no CONSUNI do dia 19 de outubro.

A partir deste momento, passamos a um outro período da luta. Esse novo período exige conseguir unificar amplamente uma grande parcela de professores, servidores e estudantes para impedir qualquer possível retrocesso e conseguir encaminhar avanços para Universidade de Brasília.

Nos cabe agora a tarefa de aprofundar o debate sobre modelo de Universidade, reafirmando bandeiras históricas do movimento estudantil como a reforma curricular e pedagógica; a indissociabilidade entre ensino-pesquisa-extensão; a democratização do acesso e permanência na Universidade Pública. Temos que garantir políticas vigorosas de Assistência Estudantil e que as condições de trabalho de professores e servidores não sejam precarizadas.

É urgente exigir da reitoria que, para a implementação deste projeto, um estreito relacionamento entre a universidade e a sociedade deve existir: a universidade existe em função da sociedade e só pode ser estendida no âmbito da comunidade na qual está inserida. Não há como pautar a expansão da Universidade sem enxergar os problemas e as necessidades da nossa realidade, pois trabalhar na solução dos mesmos constitui sua razão de ser.

Temos que construir e institucionalizar espaços efetivamente democráticos nesta Universidade: como audiências públicas, conselhos e assembléias comunitárias. E garantir com isso: que cada novo curso aberto, cada novo prédio construído, cada nova proposta seja amplamente discutida antes de sua aprovação nas instâncias da UnB.

Agora é momento de luta! Muito debate e mobilização, nas salas de aulas, nos conselhos, em todos os espaços!!!!

Para isso, propomos:

Organizar a eleição dos discentes para as câmaras e comissões permanentes;
Fortalecer participação estudantil nas instâncias - como os conselhos superiores e as câmaras para garantir que todos os pontos do projeto passem por lá;
Construção e institucionalização de espaços efetivamente democráticos na Universidade como audiências públicas, conselhos e assembléias comunitárias;
Criar um Grupo de Trabalho sobre Universidade com os três segmentos: professores, servidores e estudantes para analisar o projeto da UnB e organizar plataforma mínima de intervenção e reivindicação;
Debate e articulação com Movimentos Sociais Populares para discutir expansão da Universidade.

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