sexta-feira, 25 de abril de 2008

Convite para nossa próxima reunião!

Coletivo Reconstruindo o Cotidiano

Participe da nossa reunião! Vamos debater os rumos da nossa universidade e do movimento estudantil.

Quando?
Sábado, dia 26/04
Onde?
No Udefinho, em frente ao Anf. 10
Que horas?
Às 10h
Faça parte da construção dessa alternativa ao movimento estudantil!

Cinco Perguntas Para Entender a paridade

1 - O que é paridade?
É um processo de decisão que garante aos três segmentos, no caso, estudantes, professores e funcionários o direito ao voto igualitário.

2 - Como funciona?

Cada categoria passa a deter um terço (33%) do poder de voto nas instâncias deliberativas, ao contrário da forma atual, configurada numa relação percentual de 70/15/15 - professores, estudantes e funcionários, respectivamente.

3 - E qual a importância disso?

Instituir a democracia, bem como o senso de responsabilidade, controle público e interesse dos três segmentos.

4 - Isso existe em algum lugar?

Sim! Inclusive a própria UnB já funcionou dessa maneira em diversos momentos de sua história. Atualmente cerca de 20 universidades são paritárias, entre elas UFRJ, UFF, UFSC, UFMT, UFV, UFU, UFES, UFPI e UFS. Vale ressaltar que o fim da paridade na UnB ocorreu quando entrou a gestão Lauro-Timothy.
5 - Mas não é uma ação ilegal?

Não! O próprio Ministro da Educação esclarece que acata todo processo de escolha deliberado, qualquer que seja sua natureza, garantindo assim a autonomia universitária.


Mitos sobre a paridade

Alguns dos argumentos utilizados contra a paridade são que os estudantes passam pouco tempo na Universidade em relação aos outros segmentos, e que, por estarem em um período de formação, não têm dedicação nem capacidade de discernimento suficientes para tomar decisões.

Os servidores técnico-administrativos, por sua vez, estariam ligados a tarefas meramente administrativas/burocráticas, não cabendo-lhes decidir sobre as atividades da Universidade: ensino, pesquisa e extensão. Aos docentes caberia ter esmagador peso sobre a decisão das mesmas e sobre a Universidade.

Iremos agora quebrar essa lógica excludente e pretenciosa a partir dos diferentes pontos de vista:


A paridade é boa...

Para o estudante:

Porque a Universidade forma lideranças e não cabe subestimar o potencial de decisão dos/das que aqui estudam. Argumento semelhante valeria para que jovens de 16 anos não votassem pra presidente;

Porque estudantes também são diretamente interessados no ensino, e sua opinião deve ser sempre levada em conta;

Porque o período que se passa na universidade é determinante para a consolidação de valores para a vida inteira, então a prática constante de decidir é fundamental para o desenvolvimento de valores participativos. A Universidade também é nossa e não podemos ser rebaixados.


Para os funcionários técnico-administrativos:

Porque diminui, na prática, o preconceito de classe e de subestimacção da inteligência que este segmento sofre constantemente na Universidade;

Porque funcionários conhecem profundamente o funcionamento da UnB e podem, a partir de suas vivências e reflexões, somar sua perspectiva à dos outros segmentos para contribuir com o desenvolvimento da Universidade. Vale lembrar que funcionários estão na Universidade hà tanto tempo quanto os docentes.


Para o corpo docente:

Ampliar a participação é valorizar o pensamento diverso e fortalecer a comunidade universitária. Quando se abre espaço paritário nas discussões universitárias, as diferentes posicões enriquecem o debate qualitativa e quantitativamente, devido, como dito anteriormente, às diferentes perspectivas colocadas, uma vez que, com a participacao de todos os setores, garante-se o controle social do bem público.

Você tem a oportunidade de participar deste importante momento de construção de uma nova relação na universidade. Concordando ou discordando, mas, sobretudo, discutindo.

texto retirado do blog Okupa: ocupacaounb.blogspot.com

23 federais têm voto paritário

Levantamento da Secretaria de Comunicação da UnB em 43 universidades aponta que maioria tem consulta com peso igual

DA REDAÇÃO
Da Secretaria de Comunicação da UnB

A realização de eleições paritárias – em que o voto para consulta de escolha de reitor tem igual peso para professores, estudantes e servidores técnicos-administrativos – é uma das principais reivindicações dos alunos que ocupam o Prédio da Reitoria da Universidade de Brasília (UnB), desde o dia 3 de abril.
Levantamento feito pela Secretaria de Comunicação (Secom/UnB) em 43 universidades federais apontou que 23 delas possuem consulta com voto paritário e 20 têm votação com peso diferente para os três segmentos da comunidade acadêmica (veja quadro abaixo).

A expectativa dos estudantes é que o Conselho Universitário (Consuni) aprove a paridade e que, ainda este ano, ocorram as eleições para reitor nesses moldes.

DEBATE – O reitor temporário da UnB, Roberto Aguiar, já se posicionou favorável às eleições paritárias, mas sabe que esse tipo de deliberação precisa passar pela aprovação do órgão máximo da universidade, o Conselho Universitário (Consuni).
Na última reunião do Consuni, realizada na terça-feira, dia 15 de abril, os conselheiros aprovaram – por 40 votos a favor, nenhum contra e três abstenções – a formação de uma comissão com a função de preparar uma proposta de normas e regras para a próxima eleição para reitor.

Veja abaixo o resultado do levantamento feito pela Secretaria de Comunicação (Secom) da UnB com as universidades federais:

ADOTAM SISTEMA DE VOTAÇÃO PARITÁRIA

Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)

Universidade Federal de Viçosa (UFV)

Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) 

Universidade Federal de Alagoas (FAL)

Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Universidade Federal da Paraiba (UFPB)

Universidade Federal Fluminense (UFF)

Universidade Federal do Goiás (UFG)

Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ)

Universidade Federal de Uberlândia (UFU) 

Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Universidade Federal de Lavras (UFLA)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)

Universidade Federal de Manaus (UFAM)

Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

ADOTAM SISTEMA DE VOTAÇÃO NÃO PARITÁRIA

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)

Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Universidade Federal do Ceará (UFC)

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

Universidade Federal do Acre (UFAC)

Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Universidade Federal de Rondônia (UNIR)

Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF)

Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)

Universidade Federal de Roraima (UFRR)

Universidade Federal do Triângulo Triângulo Mineiro (UFTM)

Universidade Federal do Pará (UFPA)

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)

Levantamento feito pelos jornalistas Adriana Baumgratz, Daniele Barreto,Paulo Mesquista e Darlene Santiago