Galera!
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Ato amanhã (quinta, 27/11), às 9h no CACOM!
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Reunião do Reconstruindo o Cotidiano
Somos estudantes insatisfeitos com a realidade desta universidade e acreditamos na organização coletiva como uma forma de atuar pelas mudanças. Construímos um grupo, unindo diferentes idéias sobre a nossa realidade, sobre a universidade, sobre a sociedade e sobre o movimento estudantil, sempre de forma transparente, plural, organizada e sem preconceitos.
É com a nossa articulação e ação coletiva que podemos construir uma universidade diferente, com participação de toda a comunidade acadêmica e integração com a sociedade. Queremos um movimento que dialogue com a comunidade, que atenda às necessidades do conjunto de nossa sociedade. Uma universidade que não proveja tão-somente o acesso, mas, sobretudo, condições de permanência e uma formação ampliada com ensino, pesquisa e extensão!
Reivindicamos um movimento estudantil plural, que articule projetos comuns com os diversos grupos estudantis desta universidade, como PET, ONGS, EMPRESAS JUNIORES, PROJETOS AMBIENTAIS, CENTROS ACADÊMICOS, GRUPOS DE GÊNERO, CULTURA, RAÇA, ETNIA, LGBTTT, COMUNICAÇÃO, entre outros.
A partir dessas idéias é que pautamos nossa intervenção na UnB. Lutamos por uma organização que impulsione a construção de um movimento estudantil combativo, crítico, capaz de reconstruir a universidade e o nosso cotidiano.
Convidamos você também a somar suas idéias neste trabalho, pois este desafio não deve medir esforços! É preciso reconstruir o movimento estudantil da UnB!
São com esses ideais em mente que perguntamos a você:
1) Você acha que a universidade poderia ser diferente?
2) Tem vontade de construir um mundo melhor?
3) Acredita que as pessoas unidas e organizadas tem mais força?
4) Que tal participar do Movimento Estudantil e tornar tudo isso realidade?
Sinta-se convidad@ a participar de uma reunião aberta e sem compromisso para discutir essas questões e conhecer o Grupo Reconstruindo o Cotidiano.
Apresente suas idéias, discuta, atue e transforme a realidade que nos rodeia!
Quarta-feira (19/11) 12h30 na sala BT-222 do minhocão.
3˚ Buzine!
O resgate da Utopia
O ano de 2008 vai ficar marcado no movimento estudantil da UnB. Esse foi o ano em que os estudantes conseguiram dar início a um grande processo de mudança da nossa realidade. Não falamos simplesmente da queda do reitor ou da vitória da paridade. A partir das nossas mobilizações nós conseguimos recuperar a possibilidade de reconstrução de uma utopia, de uma nova realidade para a UnB e para a educação brasileira.
Tivemos um início de ano intenso. Ocupamos a reitoria, conseguimos a derrubada da gestão corrupta que estava colocada há mais de uma década na reitoria, conquistamos a paridade e o congresso estatuinte, sendo tudo isso no primeiro semestre. No segundo, consolidamos nossa militância ao determinar os rumos da eleição para reitor. Foram mais de 8 mil estudantes que participaram das eleições. Em comparação com os últimos comparecimentos, essa votação representa mais uma mostra de que com a nossa mobilização nós conseguimos impactar diretamente os rumos da nossa realidade.
É... foi um ano de muitas vitórias. Mas o que essas conquistas têm em comum? Todas foram frutos da luta coletiva dos estudantes. Vivíamos uma inércia conservadora muito grande na universidade. Os estudantes se organizavam pontualmente. Esse é o ponto central da mudança de 2008.
Esse foi o ano em que conseguimos sair dessa posição reativa/defensiva e atuamos diretamente dizendo o que queríamos e o que não queríamos. Foi assim que conquistamos as vitórias desse ano! Elas são resultado de mobilizações que abalaram a UnB! Esse é um momento riquíssimo para a universidade.
Esse é o momento em que devemos reforçar nossa militância para que possamos influenciar cada vez mais os rumos da educação brasileira. É com a mobilização coletiva que podemos visar o horizonte da construção de uma nova utopia. Uma outra educação é possível. A luta está longe de acabar. Pelo contrário, agora é que temos que reforçar e chamar cada vez mais pessoas para se organizar e repensar nossa realidade. Se em 2008 conquistamos tudo isso, o próximo ano será de muitas outras vitórias. A começar pelo congresso estatuinte, momento em que poderemos revisar toda a estrutura da UnB; teremos ainda a continuidade da implementação do REUNI, que é importante mantermos nossa militância vigilante; e, como sempre, a luta pela democracia na universidade continua.
Nesse zine damos mais uma contribuição a esses debates, trazendo a tona algumas discussões importantes, como a assistência estudantil, o sistema de avaliação da educação superior, o acesso à universidade e a extensão universitária.
Assistência Estudantil
O acesso à educação, assim como a sua continuidade, é um direito de tod@s e dever das instituições de ensino públicas. Para que se alcance a excelência acadêmica e a plena formação d@s estudantes uma política de assistência estudantil é imprescindível. A nossa universidade tem que combater a evasão e auxiliar a plenitude da vivência universitária. É nesse sentido que percebemos a centralidade de políticas como a Casa do Estudante, as bolsas de iniciação científica, de extensão e o refeitório universitário.
Verba para assistência estudantil é um investimento para a educação e direito dos estudantes. O RU é uma das políticas de assistência que precisam de atenção. As condições precárias que se encontra o nosso refeitório são decorrência de anos de pouco investimento e negligência. Há um descompasso entre o crescimento da universidade e os baixos investimentos no RU. A alimentação é condição mínima para que um estudante se mantenha estudando e como tal deve ser vista como um investimento na melhora da nossa universidade. O RU deve ser repensado no sentido de procurar formas de melhorar o seu atendimento promovendo mudanças como, venda de créditos em horários alternativos, gratuidade para os estudantes do grupo I e maiores discussões sobre seu funcionamento com a parte mais interessada, a comunidade universitária.
A UnB tem aumentado sua verba nos últimos anos. Com isso, percebemos que há espaço para que a política de assistência estudantil melhore. A Casa do Estudante Universitário (CEU) está há anos sem receber a atenção devida. Nos últimos meses vimos o saldo desse descaso. Para que um morador da CEU possa completar seus estudos é imprescindível uma qualidade de vida decente! Temos que garantir que os novos prédios que serão construídos sejam integrados não só à UnB, mas à Brasília, com acesso a transporte público e gratuito. Além disso, temos que ampliar o atendimento, tanto com mais vagas como com mais bolsas-permanência.
O investimento em assistência estudantil é fundamental para que a nossa educação superior possa ser completa. Os programas de bolsa (permanência, de extensão, iniciação científica) precisam ser reforçados. A bolsa-permanência tem que ser repensada. Hoje ela atua como uma bolsa-trabalho, explorando os estudantes grupo I. Essa bolsa tem que ser aliada à função da universidade e, portanto, deve ser ligada a atividades de pesquisa e extensão, e não de trabalho. Dessa forma a bolsa-permanência contribuiria com o tripé da educação superior. As bolsas de PIC (iniciação científica) e de PIBEX (de extensão) precisam ser ampliadas, para que mais estudantes possam se integrar a essas atividades e, ao mesmo tempo, ter condições materiais mínimas para dar continuidade à sua vivência acadêmica.
As políticas de assistência, são imprescindíveis para o desenvolvimento dos estudantes e da própria UnB. Por isso, devemos percebê-las como investimento e não como meros gastos. O descaso com a CEU, a gestão do RU e as poucas bolsas resultam em altos índices de evasão e não cumprimento da função social da nossa universidade. É com a preocupação de formar uma universidade cada vez melhor que viemos aqui, manifestar nossa visão e dialogar com os professores e servidores, buscando uma saída positiva para a assistência estudantil.
sábado, 15 de novembro de 2008
Fórum Social Mundial
No começo do próximo ano teremos mais uma edição do Fórum Social Mundial (FSM) no Brasil. Esse grande evento internacional nasceu da necessidade de uma mobilização mundial pela construção de alternativas para a nossa sociedade. Na UnB temos o comitê Pré-FSM, que promove várias atividades (nos quatro campi) preparatórias para esse encontro e o DCE está elaborando debates com essa finalidade. Veja no quadro abaixo as próximas atividades e PARTICIPE!
Para conhecer mais sobre o FSM, veja seus objetivos e acesse o sítio oficial:
1-Pela construção de um mundo de paz, justiça, ética e respeito pelas espiritualidades diversas, livre de armas, especialmente as nucleares;
2-Pela libertação do mundo do domínio do capital, das multinacionais, da dominação imperialista patriarcal, colonial e neo-colonial e de sistemas desiguais de comércio, com cancelamento da dívida dos países empobrecidos;
3-Pelo acesso universal e sustentável aos bens comuns da humanidade e da natureza, pela preservação de nosso planeta e seus recursos, especialmente da água, das florestas e fontes renováveis de energia;
4-Pela democratização e descolonização do conhecimento, da cultura e da comunicação, pela criação de um sistema compartilhado de conhecimento e saberes, com o desmantelamento dos Direitos de Propriedade Intelectual;
5-Pela dignidade, diversidade, garantia da igualdade de gênero, raça, etnia, geração, orientação sexual e eliminação de todas as formas de discriminação e castas;
6-Pela garantia dos direitos econômicos, sociais, humanos, culturais e ambientais, especialmente os direitos à alimentação (com garantia de segurança e soberania alimentar), saúde, educação, habitação, emprego, trabalho digno e comunicação;
7-Pela construção de uma ordem mundial baseada na soberania, na autodeterminação e nos direitos dos povos, inclusive das minorias e dos migrantes;
8-Pela construção de uma economia democratizada, emancipatória, sustentável e solidária, com comércio ético e justo, centrada em todos os povos;
9-Pela construção e ampliação de estruturas e instituições políticas e econômicas (locais, nacionais e globais) realmente democráticas, com a participação da população nas decisões e controle dos assuntos e recursos públicos.
10-Pela defesa da natureza (Amazônia e outros ecossistemas) como fonte de vida para o Planeta Terra e aos povos originários do mundo (indígenas, afro-descendentes, tribais, ribeirinhos) que exigem seus territórios, línguas, culturas, identidades, justiça ambiental, espiritualidade e bom viver.
Mais informações: www.fsm2009amazonia.org.br e unbnoforum@googlegroups.com
Atividades preparatórias pro Fórum Social Mundial
13/11 (18h) - Debate “Educação, gênero e diversidade no FSM”, no anf.11
19/11 (12h) - Debate “FSM e a juventude no Brasil”, Anf.11
20/11 (17h30) - Debate sobre a história do FSM, no ceubinho
20/11 (18h30) - Sarau, no ceubinho
24-28/11 (12h) - Mostra de curtas e debates, no anf.15
4/12 (18h) - Festa pré-FSM, na praça Chico Mendes
Democratização do acesso
“Mas peraí, eu já estou na UnB, porque eu deveria discutir acesso?”
Esta é uma resposta muito comum quando alguém propõe este debate, ela pode vir de maneira clara e consciente ou mesmo de maneira inconsciente, por meio do mais puro desinteresse.
Mas afinal de contas, pra quê discutir o acesso à universidade?
Poderíamos dizer aqui coisas óbvias como: “um dia seu filho vai passar pelo aperto do vestibular”, ou outras expressões que não ajudariam nem um pouco a politizar o debate.
A questão é mais profunda, e envolve mais pessoas do que aquelas ligadas diretamente à universidade e à administração da educação, envolve toda a população e o desenvolvimento técnico, acadêmico e social do país. Este é um debate sem o qual é impossível construir uma sociedade minimamente democrática.
Nos últimos tempos, ações do governo federal que visam a ampliação do acesso ao ensino superior, como o Reuni (Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) suscitaram nos movimentos a questão: “Afinal de contas, basta apenas aumentar vagas ou precisamos de outros mecanismos de democratização do acesso?”
Algumas universidades possuem sistemas de reserva de vagas dos mais variados tipos: - reserva de vagas para estudantes negros, para indígenas, bônus de notas no vestibular para os estudantes oriundos de escolas públicas da região, etc.
Porém a discussão e as soluções não devem ocorrer apenas no âmbito local, e vários movimentos sociais historicamente reivindicam que sejam criados programas nacionais de democratização do acesso às universidades públicas, tais como: - reserva de vagas de 50% por curso e por turno para estudantes oriundos de escolas públicas, como prevê projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional, - reserva de vagas para estudantes negros com percentual de acordo com o censo local (por exemplo: uma localidade que possua 30% de negros na sua população teria 30% de reserva de vagas para negros), fim do vestibular com a implementação de outras maneiras de acesso, e até mesmo a criação de cursos universitários especiais para integrantes de movimentos sociais e para professores do ensino básico.
Além de concordar com as propostas apresentadas no parágrafo anterior, o autor deste texto também se questiona (e conseqüentemente questiona o leitor): será que democratização do acesso significa apenas permitir que mais pessoas (e de grupos normalmente excluídos) se matriculem na universidade, ou precisamos discutir questões mais espinhosas, como por exemplo: Qual abertura que a universidade oferece ao conjunto da sociedade, em seu conteúdo acadêmico, em usa extensão, ou mesmo em sua vivência sócio-cultural?
O quão fechadas as portas da universidade estão, observando todos os aspectos que esta pergunta pode significar? Porque muitos de nós que aqui estamos hoje tememos tanto e ficamos lutando para que não haja “muita gente se formando, porque vai inflacionar o mercado de trabalho”? O quão egoísta tem sido a atuação de muitos estudantes de uma universidade bancada com dinheiro pertencente à toda a sociedade?
sábado, 8 de novembro de 2008
A desinstitucionalização da família e da escola: pelo fim da família e da escola!
Tem gente pensando nisso, em uma primeira impressão podemos pensar em duas vertentes.
Naquela que acredita que essas instituições estão fadadas ao fracasso, pois a sociedade está se tornando tão individualista que os espaços de socialização da cultura devem ser acabados. Cada um vai aprendendo por conta própria, os pais já são distantes mesmo, a escola já não ensina a realidade, então deixemos que o mercado regule as deficiências naturalmente a partir da necessidade de cada um.
Será a partir dessa segunda perspectiva que eu vou tentar argumentar.
Uma análise sobre a família que Elisabeth Bilac coloca é que “ocorrem profundas transformações nas dinâmicas e arranjos familiares, podendo se observar muito mais a crise prolongada e incompleta de determinado modelo – hierárquico, patriarcal, com dominação do mundo adulto – do que o enfraquecimento da dinâmica e arranjos familiares. Por outro lado, os novos modelos viriam a família organizada não a partir de normas dadas, mas sim como fruto de negociações e acordos entre seus membros e, nesse sentido, sua duração no tempo dependeria da duração dos acordos”. E ela ainda pergunta ao final: “A destruição do modelo familiar tradicional significa, de fato, a desinstitucionalização da reprodução?” (SPOSITO, 2005 citando BILAC , 1995)
Outra colocação interessante que Sérvulo Figueira faz que no Brasil “o moderno coexiste muitas vezes, de modo angustiante e paradoxal, com o arcaico” (SPOSITO, 2005 citando Figueira, 1986). Por isso, muitas vezes é preciso ficar atento que aquilo que parece uma reforma moderna, é um paliativo para retomar concepções conservadoras da instituição.
Para Dubet, a desinstitucionalização significa crise e mutação de uma modalidade de ação institucional consagrada pela modernidade. Por isso, considera que parte do papel da escola está em mutação, sendo atribuído ao próprio sujeito alguns desses papéis, que “o obriga a se constituir livremente a partir das experiências sociais que lhe são impostas”. Porém, ele não será totalmente livre, uma vez que lhe é imposto ser mestre de seus interesses, seus projetos não poderão ser realizados pela conjuntura. Assim, a “culpa” será sempre do próprio indivíduo.
O que não significa que se deva abandonar a idéia de desinstitucionalização porque o modelo de integração social ainda faz da experiência individual relações de desigualdade e sofrimento, até porque os indivíduos procuram construir a individualidade através das identidades coletivas. Assim, é preciso investigar quais seriam as novas formas, provavelmente já existente de agenciamentos socializadores fora das instituições tradicionais de família e escola. (WAUTIER, 2003 Citando Dubet, 1994).
Para mim, considero que as famílias assim como as escolas têm um papel estabelecido de socializar a tradição acumulada da sociedade, ou seja, de reprodução. Lutar para que essas instituições sejam espaços de transformação, faz parte da luta diária dos que são otimistas, que é o meu caso. Porém, utopicamente temos que pensar uma forma de demolição dessas estruturas e não só de reforma, para assim mudar uma perspectiva que parece já dada.
Digitando a palavra “família” no Google percebe-se rapidamente o quanto essa instituição ainda está ligado à outra: a religião. Família hoje representa o núcleo primeiro da sociedade, onde os valores são passados. Esse papel privado de manter o público conservador tem uma fórmula perfeita, ou seja, difícil de ser modificado. Por isso, pensando no fim dessa estrutura surgem alguns questionamentos: “Como seria se todas as instituições tivessem seu caráter privado e público, juntos e claros?” E imagine propriamente na instituição familiar, onde todos pudessem opinar na educação dos filhos dos outros, e que isso fosse tratado como uma questão da sociedade, porém sem perder os laços de afeto.
Seguindo essa mesma linha de pensamento pode se analisar a escola. Hoje quem executa a mediação da socialização da cultura na escola são ainda os professores e não toda a sociedade. A escola é um paradoxo de realidade e irrealidade. A socialização deveria se dar a partir de questões reais, onde todos os indivíduos fossem sujeitos diretos dessa socialização, a partir da afinidade individual pensando no global real, assim o espaço físico não seria só um, mas vários; por exemplo, focando a questão do trabalho que não é abordada na escola como deveria. Pensando bem, o que educa mais o jovem? É ele se organizar para realizar algo que almeja, ou simular situações se unindo forçadamente com um grupo num assunto aleatório?
São questões de longe a serem fechadas, tampouco distantes de serem concretizadas (pela problematização na atualidade), porém precisam ser discutidas e colocadas como uma outra posição acerca da escola e da família, assuntos esses tão “santificados” pela sociedade.
Referência Bibliográfica:
SPOSITO, Marilia Pontes. Indagações sobre as relações entre juventude e escola no Brasil: institucionalização tradicional e novos significados. JOVENes - Revista de Estudios sobre Juventud, ano 9, núm. 22 (p.p 201-227). México, 2005.
WAUTIER, Anne Marie. Para uma Sociologia da Experiência. Uma leitura contemporânea: François Dubet. Sociologias, Porto Alegre, n. 9, 2003.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-45222003000100007&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 21 Nov 2006.
E X T E N S Ã O
Bom dia, boa tarde e boa noite!
O tema agora é ir além, romper limites, e por que não [?], pular a cerca! Depois de infinitos anos adquirindo conhecimento por osmose, chegou a hora de chutar o pau da barraca e contrastar tudo que os livros, às vezes de maneira quase fantasmagórica, continuam tentando nos convencer, com a realidade ambulante-nua-e-crua do dia-a-dia e corpo-a-corpo.
Uma das maneiras de fazer tudo isso e um pouco mais é através da tão carismática EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA. Ela é um dos três pilares que sustentam a educação, juntamente com o Ensino e a Pesquisa.
Em tese, os três deveriam andar juntos, fazendo uma atividade [sexual] cíclica com a seguinte perspectiva: o ensino servindo de base para a pesquisa, a qual explodiria conhecimento útil para o desenvolvimento tanto de projetos de extensão quanto de projetos sociais, governamentais/institucionais ou não.
Infelizmente, essa ménage à trois não anda deixando todo mundo gozar dos frutos da árvore do pecado. A realidade atual mostra as asas gigantescas do penoso Ensino da nossa capenga UNIVERSidade esmagando e anulando tudo que a Pesquisa e a Extensão poderiam oferecer.
Mas não desanimemos, querid@s amiguinh@s! Apesar do pouco caso que geralmente se faz da Extensão, existem sim almas interessantíssimas por aqui, que se empenham, se unem, se deixam envolver pelo fogo do amor humano, e desenvolvem belos [ou não] projetos que extravasam os muros da universidade, entrando em contato com o mundo real.
Acreditem, viver um projeto de extensão é uma experiência supimpa, geralmente pautada na troca de experiência entre quem vive e desenvolve diferentes formas de conhecimento. É ter a possibilidade de reconhecer a existência tanto da sabedoria formal quanto da sabedoria popular, e conviver com ambas.
Ainda, a extensão universitária pode suprir uma necessidade social imediata de ampliar a universidade e a comunidade acadêmica, enquanto ela é ainda tão pouco e má representada, garantindo a fundamental interação entre esta e a sociedade. Além de servir como um dos instrumentos de emancipação de povos e mentes, através dela descentralizamos o “campus” de conhecimento, abrindo espaço para novos horizontes e derrubando barreiras na constante busca pela universalização de fato da universidade.
Informe-se sobre os projetos de extensão já existentes ou construa novas formas de interagir utopia e realidade. Só não deixe seus anos aqui dentro passarem somente com o saber que te obrigam saber. Tire esse traseiro gordo da frente do quadro!
Sayonara Reis é estudante de Direito da UnB e integrante do Coletivo Reconstruindo o Cotidiano.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Moção de apoio à Ocupação da Universidade Federal de Sergipe (UFS)
Nós, do Coletivo Estudantil Reconstruindo o Cotidiano, da Universidade de Brasília, vimos por meio desta expressar nossa solidariedade e apoio à ocupação da Reitoria da UFS, por compartilharmos da luta por uma educação pública, gratuita, de qualidade e que preza acima de tudo pela referência social e pelo bem estar de toda a comunidade universitária.
Diante do cenário desastroso em que se encontra a situação da expansão da Universidade Federal de Sergipe e dos processos autoritários e antidemocráticos que têm acontecido na grande maioria das IFES do país, é não só inevitável, como também NECESSÁRIO que mostremos nossa indignação e repúdio à forma como vem sendo tratada a educação pública brasileira.
É notável que após tantas tentativas frustradas de alerta e negociação com a reitoria sobre a condição d@s estudantes do campus de Laranjeiras, se tornou urgente a luta, por via de ação direta, pela melhoria da qualidade de vida, do ensino, da pesquisa, da extensão, da assistência estudantil e tudo mais que envolve a todos e todas daquele campus.
Não devemos JAMAIS deixar que a apatia e a inércia sirvam de pontes para o sucateamento e descaso para com as nossas universidades, e é por acreditarmos nisto que parabenizamos a luta dos companheiros e das companheiras da UFS, e declaramos nosso apoio à ocupação que aí se desenvolve.
Com crença e amor na luta e pelo povo,
Reconstruindo o Cotidiano
para acompanhar a ocupação da UFS, acesse: ocupacaoufs.blogspot.com
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
3˚ Mostra Cultural de Planaltina
Nesse sábado vai rolar a 3˚ Mostra Cultural de Planaltina! É uma atividade mto boa feita no estacionamento do campus da UnB de planaltina. Vai rolar música, poesia, dança, diversão e mto mais!!!
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
No dia 9 de novembro, às 13 horas, estudantes de Instituições de Ensino Superior(IES) de todo o Brasil farão a prova do ENADE, o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes. O ENADE foi criado em 2004 para substituir o Provão, que também avaliava estudantes de graduação. E desde o ano de sua criação, o ENADE vem sendo alvo de boicote do movimento estudantil. Aliás, o boicote a este exame tem a proeza de ser uma das poucas pautas consensuais entre os diversos grupos do movimento.
E que razões um estudante selecionado para prestar o exame tem para boicotá-lo?
Em primeiro lugar, é importante analisar o histórico das avaliações de ensino superior no Brasil. A primeira iniciativa neste sentido foi no governo Itamar Franco. Foi o Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras (Paiub) de 1993. Esse programa previa 3 etapas de avaliação das universidades (uma interna, seguida de uma externa, e uma terceira que conjugava as duas primeiras) com foco único no ensino de graduação.
Então veio o governo FHC e seu ministro da Educação Paulo Renato. Entre os desastrosos resultados desta gestão para a educação pública brasileira, esteve a criação do famigerado Exame Nacional de Cursos, o Provão. O Provão surgiu com uma lógica punitiva, na qual os formandos faziam uma prova obrigatória de cohecimentos técnicos com o objetivo de avaliar a qualidade do ensino das IES (istituições de ensino superior). A partir dessa avaliação as notas dos estudantes geravam o rankeamento das universidades, destinando menos recursos às IES que alcançassem piores resultados! Como se não bastasse, essa lógica perversa à educação acabava por orientar a educação superior brasileira ao molde que era o provão, criando cursinhos pré-provão.Este tipo de avaliação sofreu intenso boicote.
Veio então, no Governo Lula, a criação do SINAES, o Sistema Nacional de Educação Superior, com a proposta de um novo tipo de avaliação. Essa proposta consiste em uma tripla avaliação: avaliação das instituições, dos cursos e dos estudantes. O problema é que, da criação desse modelo, que de fato foi um avanço em relação ao anterior, três emendas parlamentares criaram o ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes), quemais parece uma reedição do Provão.
Tá, saquei o contexto, mas o que esse tal de ENADE tem de tão ruim afinal?
A lógica do ENADE é a mesma do Provão: responsabilizar o estudante pelos problemas do ensino superior e não propor caminhos alternativos pra melhoria da educação superior brasileira. Como se sabe, a Universidade se sustenta sobre o tripé Ensino-Pesquisa-
Extensão, uma trinca indissociável. O ENADE avalia apenas o Ensino, e é daí que se avaliará se uma Universidade é boa ou não. É princípio básico da educação superior brasileira a formação cidadã, ou seja, o conhecimento técnico que temos é uma parte da educação. Nesse sentido, as atividades de extensão e de pesquisa são centrais para o nosso desenvolvimento. O ENADE simplesmente ignora isso, uma vez que a prova só avalia o ensino que tivemos, desconsiderando toda a vivência universitária. O ENADE, assim como o Provão, insere-se em uma lógica produtivista, em que se destinam mais verbas às IES com melhor resultado, que são inclusive colocadas em um ranking. Nota-se que a lógica por trás disto é completamente torta. Se uma Universidade alcança bons resultados, recebe mais verba, se alcança maus resultados, menos. Ora, será que não ocorreu a ninguém que os resultados ruins podem justamente ser fruto da falta de verbas? O resultado disto é que algumas IES já chegaram, assim como no provão, a oferecer cursinhos preparatórios para o ENADE! Reparem como isto simplesmente tira o sentido da avaliação. Tal qual o Provão, o ENADE aplica o mesmo tipo de prova a todas as IES do Brasil, ignorando assim as peculiaridades acadêmicas e regionais do país. A existência de Comissões Assessoras nacionais que formulam as provas marca claramente o caráter excludente dessa prova. Em várias áreas do conhecimento temos na diversidade e na multiplicidade de formas de construção de conceitos e teorias a sua base de pensamento. Elaborar uma prova única, obrigatória e nacional acaba com a possibilidade de diferentes visões nessa avaliação, assim como desconsidera as diferenças regionais existentes no país. É na complementaridade da nossa cultura que se forma o brasileiro, e desconsiderar isso é, mais uma vez, inserir a educação brasileira em uma lógica fordista que não estimula a formação cidadã. Qual a solução então? Abolir as avaliações?
Não, de forma alguma. As avaliações são sim fundamentais, mas não da forma como vem sendo feitas desde o governo FHC. A avaliação deve ser uma das etapas de uma política pública, dessa forma ela serve pra averiguar os principais problemas daquela instituição, para assim resolvê-los. Levando em conta as diferenças regionais, a totalidade da educação (dentro do seu tripé ensino-pesquisa-
extensão), aspectos estruturais de cada IES e, sobretudo, evitar ao máximo inserir as IES e os estudantes em um contexto de competição. Deve, então, abolir o ranqueamento das IES. E como eu posso boicotar o ENADE?
Em primeiro lugar, confira se você foi selecionado para prestar o exame. Foram selecionados calouros e formandos de treze cursos. Procure essa informação na secretaria do seu curso, lá eles vão te informar. Se for selecionado, não basta simplesmente deixar de ir ao local de prova. Isto pode acarretar problemas posteriores, e fica marcado no histórico. No entanto, ao contrário do que dizem alguns, a nota de um estudante no ENADE não é (e nem pode ser) divulgada. O meio de boicotar então, é ir ao local de prova no dia marcado, e deixar a criatividade correr solta na folha da prova. Pode simplesmente deixar a prova em branco, colar os adesivos do boicote que serão distribuídos em vários dos locais de prova, desenhar um grande zero. Enfim, de acordo com a criatividade de cada um. O que importa é manifestar que somos contra a este modelo de avaliação falido, que em nada contribui para o desenvolvimento do ensino superior no Brasil. Lembrem-se então, dia 9 de novembro é dia de protesto. O Provão já caiu, o ENADE é o próximo.
Victor Tretter é estudante de Ciência Política e boicotaria o ENADE se pudesse.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Repasse da Comissão do REUNI na UnB
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
A terceirização da gestão do Hospital Regional de Santa Maria e seus impactos
Recentemente muito se ouviu falar sobre a terceirização da gestão do recém construindo Hospital Regional de Santa Maria(HRSM). Na prática, o que isso significa? O modelo do HRSM será semelhante a o modelo aplicado em outras regiões do pais e teve seu inicio de implementação a partir da aprovação da Lei Distrital 4.081/08 em janeiro deste ano.
O modelo consiste em entregar a administração a entidades privadas (Organizações Sociais) sendo que o hospital passa a obedecer a regras do direito privado. As principais conseqüências disso são que o hospital não precisará fazer licitações para compra de insumos e nem concursos públicos para a contratação de pessoal. Somando-se a isso, a relação do Hospital com o poder público se dará de maneira completamente diferente,por meio de um contrato de gestão no qual são estabelecidos quais são os deveres da Secretaria de Saúde e da Organização Social (OS).
Várias críticas tem sido feitas pelos mais diversos setores da sociedade com relação a este projeto. Muito tem se questionado a falta de controle público das OS, a precarização das condições de trabalho, a inconsistência dos impactos na melhoria de saúde da população e até a ilegalidade deste tipo de administração.
Um argumento muito usado a favor deste modelo de gestão é que os as OS teriam a capacidade de atender mais pessoas com menos recursos. Entretanto o que se vê na prática é que estas organizações trabalham com portas fechadas selecionando os casos a serem atendidos e realizando poucos procedimentos de alta complexidade, o que faz com que estes procedimentos "sobrem" para os hospitais de Administração direta. O modelo também mostra clara ineficiência em produzir melhorias globais na saúde da população. Na cidade de São Paulo, onde o modelo de gestão por OS está mais disseminado, uma recente pesquisa da Datafolha mostrou que 84% da população reprovam o atendimento à saúde.
Outro ponto bastante problemático das OS é que a participação da sociedade é mínima ocorrendo apenas através de um conselho de administração. Juntando se isso a ausência de licitação e de concurso público, as OS se tornam palcos perfeitos para irregularidades, com diversos exemplos pelo Brasil.
Alem de criticas de sindicatos e do Controle social o novo modelo de gestão a ser implementado no Hospital de Santa Maria vem recebendo questionamento quanto a sua legalidade. Estas críticas se centram no fato de que na grande maioria das vezes o poder público sede estrutura e mão de obra para o funcionamento destes hospitais. No Caso do Distrito federal, por exemplo, foram gastos 106 milhões com a construção do Hospital de Santa Maria que será entregue a uma entidade privada.
A transferência da gestão do Hospital de Santa Maria para a iniciativa privada ocorreu na reunião do Conselho de Saúde do Distrito Federal por seis votos a dois, mesmo com a manifestação contrária do Conselho de Saúde de Brasília e de Santa Maria. O movimento estudantil esteve presente através do Centro Acadêmico de Medicina votando contra a terceirização no Conselho de saúde de Brasília. Entretanto, o Distrito Federal ainda carece de uma intervenção mais geral movimento estudantil da UnB na pauta da saúde.
[TEXTO DE: Daniel Holanda - Estudante de Medicina]
domingo, 7 de setembro de 2008
É hora de Reconstruir a UnB!
O compromisso com a gestão compartilhada que a chapa e o coletivo assumem já se faz presente desde a sua origem, contando com a participação de vários estudantes, servidores e professores. Desde o começo nos guiamos pelo debate e pela construção coletiva, mostrando idéias, críticas e pensando um programa que é a cara de quem vive a universidade, conhece seus problemas e propõe soluções, como o nosso coletivo sempre fez: nas eleições discentes, nos conselhos superiores da universidade, nos debates e seminários e em outros espaços onde a universidade é pensada.
Neste tempo de construção tivemos oportunidade de conhecer mais a fundo os candidatos pelos modos de agirem, pelos históricos, pelas forças idealistas, mas principalmente pelo compromisso firmado no programa. O Coletivo Reconstruindo o Cotidiano tem a segurança de apoiar abertamente a candidatura dos professores José Geraldo de Sousa Júnior e João Batista de Sousa para a reitoria da Universidade.
O professor José Geraldo sempre teve seu nome associado a um dos movimentos renovadores do estudo do Direito, o Direito Achado na Rua e na sua história de vida é reconhecido pelas lutas de que participou, como pela democracia, tendo participado de movimentos na luta contra a ditadura; em defesa do Movimento Estudantil; pela democratização da UnB; na luta pela paridade; e em defesa da extensão universitária. O professor José Geraldo é um batalhador da causa do ensino: dirigiu a Faculdade de Direito da UnB, foi diretor de política de ensino superior do MEC, é membro da Comissão Nacional de Ensino Jurídico da OAB. Na UnB, desde 1985, exerceu diversas funções administrativas, entre elas a Chefia da Assessoria Jurídica, a Chefia de Gabinete do Reitor (na gestão Cristovam Buarque), e participou de inúmeras comissões e grupos de trabalho.
O professor João Batista destaca-se como uma referência nacional na área coloproctologia, sendo membro titular e sócio fundador da Sociedade Brasileira de Coloproctologia, além de fazer parte diversas sociedades profissionais e órgãos colegiados na área da Saúde. Na Faculdade de Medicina da UnB teve presença marcante em diversos projetos até alcançar o cargo de diretor do Hospital Universitário, onde tem desenvolvido relevante trabalho de recuperação e humanização do HUB.
Assim como estamos confiando nos professores José geraldo e João Batista, eles também confiam nos estudantes, e juntos vamos construir a nossa Universidade de Brasília. Participemos todos das reuniões, façamos críticas, sugestões! A chapa 76 é o estudante participando do processo de reconstrução da universidade!
UnB século XXI!
Brasília, setembro de 2008,
Coletivo Reconstruindo o Cotidiano.
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Vitória dos trabalhadores, vitória da UnB!
Desde antes da queda de Titi e cia. a questão dos milhares de funcionários contratados irregularmente era colocada em pauta na universidade. São mais de 2000 trabalhadores contratados em condições sub-humanas, sem direito a 13˚, férias remuneradas, salário mínimo ou qualquer outro direito trabalhista. O Hospital Universitário (HUB) convive com esse problema diariamente e muitos dos funcionário alocados lá estão nessa condição.
Esse desmonte da educação pública finalmente ganhou um basta! Hoje foi anunciado no sítio da UnB e por alguns jornais a boa nova da ação do MPF que obriga a realização de concurso público pra garantir o funcionamento e o desenvolvimento da UnB! Isso sem contar o acordo com o MPT, que prevê a substituição desses "terceirizados"!
Contra esses sub-contratos desumanos!
Por uma UnB democrática e inclusiva!
leia abaixo algumas reportagens sobre o tema:
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1) Da Secretaria de Comunicação da UnB
A administração pro tempore da Universidade de Brasília recebeu como um reforço às suas próprias iniciativas a informação de que o Ministério Público Federal (MPF) ingressou com ação civil pública, na qual pede concurso público em 180 dias para 2.200 funcionários irregulares da UnB.
Mesmo antes de ser notificada judicialmente, a administração estava em contato com o MPF para elaborar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC). A idéia é estabelecer as condições e cronograma para a realização dos concursos públicos necessários para complementar o quadro de servidores públicos da UnB.
A atual gestão finaliza outro TAC com o Ministério Público do Trabalho (MPT) a fim de solucionar o descumprimento dos direitos trabalhistas. Há cinco dias, o MPT enviou a minuta do termo para ser estudada pela Secretaria de Recursos Humanos da UnB, que tem 10 dias para fazer suas sugestões.
Uma das proposições já acordadas é a substituição gradual, até 2010, dos prestadores de serviços irregulares por trabalhadores terceirizados. Produto de gestões anteriores, essas contratações irregulares são contestadas pelo MPF desde 2001. Entretanto, nenhuma iniciativa concreta havia sido tomada até maio deste ano, quando a gestão pro tempore iniciou as negociações com o MPT.
Foi do próprio MPT a sugestão de inclusão dos ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Educação nas discussões em andamento, visando liberar as vagas necessárias aos concursos.
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2) Do Correio Braziliense
O Ministério Público Federal do Distrito Federal entrou com uma ação civil pública na última segunda-feira (25) pedindo a substituição dos profissionais contratados ilegalmente na Fundação Universidade de Brasília (FUB/UnB) e a realização de concurso público no prazo de 180 dias, sob pena de multa. De acordo com o MPF, cerca de 2,2 mil profissionais são contratados irregularmente e a prática, que viola o princípio constitucional do concurso público, é usada para empregar parentes e apadrinhados de dirigentes e servidores da UnB. O caso será julgado pela 5ª Vara da Justiça Federal no DF.
A ação tem autoria do procurador da República Rômulo Moreira Conrado, que sustenta que o preenchimento de cargos públicos com servidores não concursados deve ser medida excepcional na administração pública. De acordo com o procurador, as atribuições terceirizadas são as mesmas previstas para o cargo de técnico administrativo em educação de instituições federais de ensino e os contratos são usados para reprováveis práticas de favorecimento político. Uma análise feita pela Controladoria Geral da União constatou a existência de 1.817 pessoas vinculadas à FUB com parentesco entre si.
O MPF alega ainda que as contratações irregulares contrariam decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de agosto de 2006. A proposta do Ministério do Planejamento foi acatada pelo TCU para substituição gradual, até 2010, dos terceirizados ilegais por servidores concursados. Segundo a Procuradoria da República, só no MEC, o cronograma previu 5.808 substituições entre 2006 e 2008 e outras 5.566 até 2010. O MPF acredita que não há disposição da FUB em cumprir a meta estabelecida, já que no último concurso da instituição para cargos de níveis médio e superior, realizado em abril deste ano, somente 225 vagas foram ofertadas.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Eleições para Reitor
Depois do movimento vitorioso d@s estudantes da UnB no semestre passado, teremos, nos dias 17 e 18 de setembro, eleições paritárias para reitor!
Devemos influenciar diretamente nos rumos da nossa universidade! Para reconstruir o presente e inventar um futuro melhor, temos que votar massivamente!!! Só assim assumiremos nosso posto de protagonista nessa universidade!
Conheça os candidatos:
Chapa 71 - Agora vai!
Maria Luísa Ortiz Alvarez, professora do Instituto de Letras;
Inês Maria Marques Zanforlin Pires de Almeida, professora da Faculdade de Educação.
Site: www.agoravai71.com.br
Chapa 72 - UnBViva
Michelângelo Giotto Santoro Trigueiro, professor do Instituto de Ciências Sociais (Sociologia);
Paulo Ramos Coelho Filho, professor da Faculdade de Educação.
Site: www.unbviva.com.br
Chapa 73 - Compromisso com a UnB
Márcio Martins Pimentel, professor do Instituto de Geociências;
Sônia Nair Bao, professorado Instituto de Ciências Biológicas.
Site: www.compromissocomaunb.blogspot.com
Chapa 74 - A UnB que nós queremos
Jorge de Freitas Antunes, professor do Instituto de Artes (Música);
Maria Lúcia Pinto Leal, professora do Instituto de Ciências Humanas (Serviço Social).
Site: aunbquenosqueremos.blosgspot.com
Chapa 75 - É agora UnB
Volnei Garrafa, professor da Faculdade de Ciências da Saúde (FS) da UnB;
Ricardo Wahrendorff Caldas, professor do Instituto de Ciência Política (Ipol) da UnB.
Site: eagoraunb.blogspot.com
Chapa 76 - UnB século XXI
José Geraldo de Sousa Júnior, professor da Faculdade de Direito;
João Batista de Sousa, professor da Faculdade de Medicina.
Site: www.unb21.com.br