A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E A SUA IMPORTÂNCIA: TANTO PARA OS ALUNOS QUANTO PARA AS COMUNIDADES QUE VIVEM AO SEU REDOR.
Luis Antonio da Camara Canto Fróes
RESUMO : Neste texto tento fazer um analise da importância da Extensão Universitária, partindo de uma literatura, tanto de livros recomendados, como também de textos retirados da internet, que numa pesquisa simples na rede mundial, mas restrito ao nosso país.. Destes, poderemos fazer uma avaliação, em que ponto se encontra a Extensão Universitária no Brasil, e as várias interpretações e tendências que se dá para esta. Podemos já deslumbrar que à divergência entre as universidades e faculdades particulares e as publicas, quanto o que é ou não Extensão Universitária, a sua utilidade e seus fins. Temos também, como o aluno participa e vê a sua importância, para sua formação complementar a grade curricular do seu curso, e as contribuições que esta pode trazer para este, na sua vida particular e profissional, e na sua formação como cidadão.
Palavras Chaves: Extensão Universitária, formação complementar, extensão, capacitação, profissional cidadão,
INTRODUÇÃO
Para começar fazer a analise deste assunto, vamos inicialmente verificar como a Extensão Universitária é colocada pela versão oficial do governo Neste caso vamos encontrar dentro do Ministério da Educação, a posição oficial, esta se encontra no documento produzido pelo Forum de PróReitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras e SESu / MEC – 2000 / 2001, que vem a ser o “Plano Nacional de Extensão Universitária”.
Neste podemos encontrar os principais pontos e objetivos da Extensão Universitária, deve ser aplicada em todas as universidades públicas em nosso país. Dele podemos determinar logo a importância desta na sociedade como um tudo, como também na formação dos alunos e da pesquisa no pais. Vou comentar certos trechos deste documento, para depois confrontar com os outros documentos encontrados, para ai tentar verificar se os princípios defendidos por este plano, estão sendo aplicados ou não na pequena amostragem que eu abordo. Lógico que, para um estudo mais abrangente, será necessário ter acesso a todos os sites das instituições que assinaram este documento, para ai realmente verificar como se encontra a aplicação deste nas universidades públicas, para depois comparar com as privadas, e como estas encaram a extensão nas suas comunidades.
“Plano Nacional de Extensão Universitária”.
O documento, inicia com uma frase de autoria de Boaventura de Souza Santos:
Numa sociedade cuja quantidade e qualidade de vida assenta em configurações cada vez mais complexas de saberes, a legitimidade da universidade só será cumprida quando as atividades, hoje ditas de extensão, se aprofundarem tanto que desapareçam enquanto tais e passem a ser parte integrante das atividades de investigação e de ensino.
Como podemos notar nesta frase a cima, é colocada toda peso da reforma do ensino e o seu futuro na extensão universitária, elegendo ela como a ferramenta que podera corrigir e melhorar o ensino universitário brasileiro, principalmente na área pública. Ao ponto de eleita como atividade essencial para as atividades de ensino e de pesquisa.
Verificando agora o documento em si, logo de inicio, destacamos a importância dada, como neste trecho: “... transformação da sociedade brasileira em direção a justiça, à solidariedade e à democracia”. Fica bem claro que se vê a extensão como a ferramenta ideal para vir a transformar a nossa sociedade como um tudo.
Na frase seguinte, é confirmada essa missão, como podemos ver:
A extensão universitária é a atividade acadêmica capaz de imprimir um novo rumo à universidade brasileira e de contribuir significativamente para a mudança da sociedade.
Podemos verificar a conceituação dada pelo documento, sobre a extensão:
A Extensão Universitária é o processo educativo, cultural e científico que articula o Ensino e a Pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre Universidade e Sociedade. A Extensão é uma via de mão-dupla, com trânsito assegurado à comunidade acadêmica, que encontrará, na sociedade, a oportunidade de elaboração da praxis de um conhecimento acadêmico. No retorno à Universidade, docentes e discentes trarão um aprendizado que, submetido à reflexão teórica, será acrescido àquele conhecimento.
Esse fluxo, que estabelece a troca de saberes sistematizados, acadêmico e popular, terá como conseqüências a produção do conhecimento resultante do confronto com a realidade brasileira e regional, a democratização do conhecimento acadêmico e a participação efetiva da comunidade na atuação da Universidade.
Além de instrumentalizadora deste processo dialético de teoria / prática, a Extensão é um trabalho interdisciplinar que favorece a visão integrada do social.
Esta conceituação, marca bem a missão da extensão, dentro das universidades brasileiras, e sal importância como ferramenta de inserção social, das camadas mais baixas da população em termos sociais e econômicos, resgatando a cultura dessa massa de cidadãos, trazendo novos conhecimentos culturais, científicos e tecnológicos, ao mesmo tempo que levara a essa população o conhecimento que fica reservado só para o mundo acadêmico.
Podemos verificar a importância dada ao ensino e a pesquisa, nesta relação entre a universidade e a sociedade, no trecho a seguir:
Com relação à pesquisa, reconhece-se um leque bastante diversificado de possibilidades de articulação do trabalho realizado na universidade com setores da sociedade. Assume interesse especial a possibilidade de produção de conhecimento na interface universidade/comunidade, priorizando as metodologias participativas e favorecendo o diálogo entre categorias utilizadas por pesquisados e pesquisadores, visando à criação e recriação de conhecimentos possibilitadores de transformações sociais, em que a questão central será identificar o que deve ser pesquisado e para quais fins e interesses se buscam novos conhecimentos.
Quanto ao ensino, discute-se e aprofunda-se um novo conceito de sala de aula, que não se limite ao espaço físico da dimensão tradicional, mas compreenda todos os espaços, dentro e fora da universidade, em que se realiza o processo histórico-social com suas múltiplas determinações, passando a expressar um conteúdo multi, inter e transdisciplinar, como exigência decorrente da própria prática.
O estágio curricular é alçado como um dos instrumentos que viabilizam a extensão enquanto momento da prática profissional, da consciência social e do compromisso político, devendo ser obrigatório para todos os cursos, desde o primeiro semestre, se possível, e estar integrado a projetos decorrentes dos departamentos e à temática curricular, sendo computado para a integralização do currículo de docentes e discentes.
Verificamos aqui como é dado um destaque importante na área da pesquisa e ensino, colocando estas duas áreas como vitais na integração entre a comunidade acadêmica e a sociedade como um tudo.
Seguindo no documento, temos agora os Princípios Básicos da extensão universitária:
- a ciência, a arte e a tecnologia devem alicerçar-se nas prioridades do local, da região, do país;
- a universidade não pode se imaginar proprietária de um saber pronto e acabado, que vai ser oferecido à sociedade, mas, ao contrário, exatamente porque participa dessa sociedade, a instituição deve estar sensível a seus problemas e apelos, quer através dos grupos sociais com os quais interage, quer através das questões que surgem de suas atividades próprias de ensino, pesquisa e extensão;
- a universidade deve participar dos movimentos sociais, priorizando ações que visem à superação das atuais condições de desigualdade e exclusão existentes no Brasil;
- a ação cidadã das universidades não pode prescindir da efetiva difusão dos saberes nelas produzidos, de tal forma que as populações cujos problemas tornam-se objeto da pesquisa acadêmica sejam também consideradas sujeito desse conhecimento, tendo, portanto, pleno direito de acesso às informações resultantes dessas pesquisas;
- a prestação de serviços deve ser produto de interesse acadêmico, científico, filosófico, tecnológico e artístico do ensino, pesquisa e extensão, devendo ser encarada como um trabalho social, ou seja, ação deliberada que se constitui a partir da realidade e sobre a realidade objetiva, produzindo conhecimentos que visem à transformação social;
- a atuação junto ao sistema de ensino público deve se constituir em uma das diretrizes prioritárias para o fortalecimento da educação básica através de contribuições técnico-científicas e colaboração na construção e difusão dos valores da cidadania.
Podemos verificar a importância dada a extensão, para que a universidade brasileira não seja simplesmente uma academia de reprodução de conhecimento, fechada em si mesmo, mas sim a ferramenta integradora entre o conhecimento e a sociedade em geral. Propagando o conhecimento a todos, universalizando a academia, e trazendo para dentro desta, o conhecimento cultural desta população que não tem acesso a ela e seu conhecimento, como também fazendo parceria com os movimentos civis, na busca de uma sociedade mais justa e igualitária.
Para tal destaca como base a formação de um profissional cidadão, uma nova concepção para os alunos que se formam em seu seio, onde estes passam a ter mais interação com a sociedade, com isso, pode-la identificar culturalmente e historicamente, indo além de sua formação técnica o colocando frente a frente com problemas que ira enfrentar no seu dia a dia. A extensão é o modo que o aluno terá na sua prática acadêmica o integrara, em sua atividades de ensino e pesquisa, com os anseios da população, fazendo que este aluno se integre nesta sociedade de desigualdades, como uma ferramenta que ira agir para se atingir a superação dessas desigualdades sociais.
Passo a seguir, para os dois pontos principais do documento, e também finais, que vem a ser os Objetivos e as Metas, de onde tentaremos verificar se estão sendo atengidas.
OBJETIVOS
- Reafirmar a extensão universitária como processo acadêmico definido e efetivado em função das exigências da realidade, indispensável na formação do aluno, na qualificação do professor e no intercâmbio com a sociedade;
- assegurar a relação bidirecional entre a universidade e a sociedade, de tal modo que os problemas sociais urgentes recebam atenção produtiva por parte da universidade;
- dar prioridade às práticas voltadas para o atendimento de necessidades sociais emergentes como as relacionadas com as áreas de educação, saúde, habitação, produção de alimentos, geração de emprego e ampliação de renda;
- estimular atividades cujo desenvolvimento implique relações multi, inter e/ou transdisciplinares e interprofissionais de setores da universidade e da sociedade;
- enfatizar a utilização de tecnologia disponível para ampliar a oferta de oportunidades e melhorar a qualidade da educação, aí incluindo a educação continuada e a distância;
- considerar as atividades voltadas para o desenvolvimento, produção e preservação cultural e artística como relevantes para a afirmação do caráter nacional e de suas manifestações regionais;
- inserir a educação ambiental e desenvolvimento sustentado como componentes da atividade extensionista;
- valorizar os programas de extensão interinstitucionais, sob a forma de consórcios, redes ou parcerias, e as atividades voltadas para o intercâmbio e a solidariedade internacional;
- tornar permanente a avaliação institucional das atividades de extensão universitária como um dos parâmetros de avaliação da própria universidade;
- criar as condições para a participação da universidade na elaboração das políticas públicas voltadas para a maioria da população, bem como para se constituir em organismo legítimo para acompanhar e avaliar a implantação das mesmas;
- possibilitar novos meios e processos de produção, inovação e transferência de conhecimentos, permitindo a ampliação do acesso ao saber e o desenvolvimento tecnológico e social do país.
Os objetivos vem consolidar mais uma vez a grande missão que é atribuída a extensão, como a ferramenta que venha a diminuir as diferenças sociais, fazendo a interligação de todas as camadas da população, democratizando o conhecimento, a pesquisa e divulgando e estimulando a produção cultural popular. Tendo como resultado maior a criaçào de empregos em novas áreas do conhecimento, estimulando o desenvolvimento regional, mas com responsabilidade, principalmente nas áreas sociais e de meio ambiente, tendo assim um crescimento sustentável, e venha solucionar os grandes problemas nacionais e regionais, levando sempre em conta as características do ambiente e a cultura da população local.
METAS
ORGANIZAÇÃO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
· Consolidação do Sistema de Informações sobre extensão universitária, através da implantação de Banco de Dados Inter-relacional, em até dois anos;
· inclusão das instituições públicas de ensino superior à Rede Nacional de Extensão (RENEX), no máximo em um ano;
· elaboração de uma proposta de Programa Nacional de Avaliação da Extensão Universitária das universidades brasileiras, a ser apoiado e financiado pela Secretaria de Educação Superior do MEC, no prazo de um ano;
· implementação do Programa de Avaliação da Extensão Universitária nas IES em até três anos;
· definição de linhas prioritárias de extensão nos planos estratégicos departamentais e das universidades, em até um ano;
· adoção de indicadores quantitativos e qualitativos de extensão nas análises de mérito para alocação de vagas para docentes nas unidades e departamentos e para distribuição de recursos orçamentários internos, em dois anos;
· implantação de um Sistema Nacional de Educação Continuada e a Distância, incluindo as IES, através do desenvolvimento de mecanismos de interlocução com a Secretaria Nacional de Educação a Distância, do MEC, em até três anos;
· institucionalização da participação da extensão no processo de integralização curricular, em quatro anos;
· implementação de escritórios ou coordenações de desenvolvimento, inovação e transferência de tecnologia, articulados com as Pró-Reitorias de Extensão, em até dois anos;
· instituição de um Programa Nacional de Fomento à Extensão, Custeio e Bolsas de Extensão que seja balizado nos conceitos desenvolvidos pelo Fórum Nacional de Pró-Reitores de Extensão e pela sociedade civil, dentro das áreas consideradas prioritárias, em até dois anos.
ARTICULAÇÃO COM A SOCIEDADE
Desenvolvimento de programas e projetos de extensão ligados à:
· ampliação da oferta e melhoria da qualidade da Educação Básica, em até três anos;
· preservação e sustentabilidade do meio ambiente, em parceria com as agências financiadoras, em nível nacional e internacional, em até três anos;
· melhoria da saúde e qualidade de vida da população brasileira, em até três anos;
· melhoria do atendimento à atenção integral à criança, adolescente e idoso, em até dois anos;
· participação no Programa Nacional de Educação nas áreas da Reforma Agrária através da capacitação pedagógica de monitores e coordenadores locais, em até dois anos;
· promoção do desenvolvimento cultural, estimulando as atividades voltadas para o incentivo à leitura, turismo regional, folclore e cultura popular, em até dois anos;
· desenvolvimento, em parceria com órgãos federais, estaduais, municipais e entidades não governamentais, de programas e projetos voltados para a formação de mão de obra, qualificação para o trabalho, reorientação profissional e a capacitação de gestores de políticas públicas, em até três anos.
Nas metas atribuídas, vemos que temos duas áreas: uma que dá ênfase de se montar dentro do MEC e das universidades públicas uma infra-estrutura básica para dar sustentação aos objetivos já vistos, fornecendo meios para realização destes; e a segunda, de ações com outros órgãos governamentais e com entidades civis, nacionais e estrangeiras, que se juntem no desenvolvimento de políticas de ações sociais, que venham a melhorar o quadro nacional em diversas áreas, como na saúde e educação básicas, atendimento a criança, ao adolescente e ao idoso, apoio educacional nas áreas rurais, desenvolvimento cultural, e a formação de mão de obra qualificada. Vemos que se deve atingir estas metas em três anos, a partir da data deste documento.
Quanto ao financiamento e avaliação o documento nos traz o texto a seguir:
O financiamento das metas da organização da extensão universitária terá como fonte de recursos os órgãos federais e estaduais de educação e as próprias universidades. O financiamento das metas relativas à articulação com a sociedade será definido a partir da realização de parcerias com órgãos e instituições ligadas às áreas e articulações políticas com agências de desenvolvimento.
O Fórum proporá um sistema de avaliação das metas contidas no plano a ser desenvolvido pelas instituições envolvidas no processo.
O grande problema dos objetivos e metas, contido neste documento, se encontra exatamente aqui. Pois realmente este plano de ação proposto para a extensão universitária, principalmente na área pública, é altamente ambicioso, e se for levado a cabo, realmente a médio e longo prazo, vai atingir os seus objetivos e metas, alterando a nossa sociedade para melhor, com mais distribuição de conhecimento, de renda e estimulando a produção cultural, elevando o nível econômico da população como um tudo , incluindo assim várias camadas desta população que se encontram agora a margem da sociedade, e em níveis de miséria, sem empregos, educação, saúde e principalmente alimentação. O problema é que de pende da política adotada pelo governo, e este nos ultimos governos, não vem dando, nem estimulando em nada a extensão universitária, apesar de se colocar totalmente a favor com este plano de ação, ele acaba o inviabilizando, quando corta o orçamento que este necessita e as suas fontes de financiamento.
A Carta de Recife
Neste documento produzido o ano passado ao final do XX Encontro nacional do Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras, verificamos que volta afirmar todas as diretrizes já colocadas no documento anterior, que é o de levar o conhecimento e melhorar a situação ds camadas mais pobres da população, encontrando soluções para os graves problemas gerais e localizados, sempre levando em conta as características sociais, culturais e regionais em cada um. Este documento foi elaborado como um subsídio à reforma universitária em gestação no MEC, nessa época. Mas pelas propostas desta colocadas pelo governo, pouco foi aproveitado.
Documento lido na Reunião Ordinária da Câmara de Graduação, da Pró-Reitoria de Graduação, da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES, de 18 de Julho de 2005
O Plano Nacional de Educação (Lei nº 10172, de 09/01/2001) preconiza que através da implantação do Programa de Desenvolvimento da Extensão Universitária se deve destinar 10% do total de créditos exigidos para a graduação no ensino superior público que será reservado para a atuação dos alunos em ações extensionistas, para os cursos que assim o desejar (2002, 24).
A Extensão Universitária tem sua sustentação legal na Constituição Federal (art. 207), na LDB (Lei 9394 de 1996) e no Plano Nacional de Educação (objetivos e metas nº 23, item B-Educação Superior). O cap. 4, art. 43, parágrafo 7 da LDB determina que a promoção da extensão seja “aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição”.
Neste trecho deste documento, nos dá em termos jurídicos, a sustentação para a Extensão universitária, demonstrando como esta esta em basada em várias leis do país, desde da sua carta magna, até as normas do MEC.
Neste documento vemos o esforço que se esta fazendo na UFES, para se dar mais ênfase a extensão, sendo que as iniciativas está partindo de cada curso, que vem a amplitude que a extensão tem para a formação de seus alunos. Também, cada curso vai propor o modo que se deve atribuir e avaliar esses 10% de créditos, no seu curriculum, levando em conta as suas peculiaridades e distinções.
Programa de Extensão Universitária Trabalha Inclusão Social – PROEXT 2005
Atualmente são financiados cerca de 130 projetos de 49 instituições federais e 16 estaduais. Iguatemy Martins, Coordenadora Geral de Relações Acadêmicas da Graduação da Secretaria de Educação Superior do MEC, espera que a edição deste ano possa ampliar a participação das universidades no desenvolvimento de políticas públicas através da extensão universitária.
O programa permitirá que as universidades encaminhem projetos para financiamento na linha da educação de jovens e adultos, políticas públicas de atenção integral à família, combate à fome, erradicação do trabalho infantil, combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, juventude e desenvolvimento social, desenvolvimento urbano, violência urbana, comunidades indígenas, atenção à pessoa idosa e geração de trabalho e renda.
“Todos esses temas foram propostos pelas universidades para desenvolver e interagir com a comunidade na perspectiva de consolidação de políticas públicas no âmbito da inclusão social”, salienta a coordenadora.
Cerca de 10 alunos participam de cada um dos 130 projetos. Mas Iguatemy diz que a dimensão é mais qualitativa do que quantitativa: “É uma espécie de confronto dos ensinamentos da academia com a realidade fora dos muros da universidade”.
Como fica bem demonstrado nesta parte deste documento, existência do Programa de Extensão Universitária, dando os números do projeto e suas realizações. Fala-se de qualidade em vez de quantidade, mas acho ainda muito aquém do que se pode fazer, dentro das diretrizes estabelecidas no plano nacional de extensão, levando em conta as dimensões e a pluralidade das populações existente neste pais e suas diferenças sociais, culturais e econômicas. Mas que o programa vise essencialmente a geração de novos empregos, como inclusão social.
A importância da Extensão para o Curriculum Acadêmico do universitário
Por tudo que verificamos anteriormente, é de suma importância para o aluno a Extensão Universitária. Pois esta, vem complementar a grade de cada curso, pois ela preenche as brechas deixadas nestas grades. Também faz uma integração do aluno com a realidade da profissão escolhida, ao demonstrar em que estado se encontra o seu campo de trabalho, e, com isso, demonstrar as perspectivas que este tem naquele momento. Ela vai integrar os alunos com o mercado, a sociedade e a comunidade a que ele está inserido, como também na qual ele irá atuar, dando para este experiências e realidades bem diferentes da academia, desenvolvendo o seu senso critico, como o sentido de ética no curso escolhido por ele, tornando este então um profissional cidadão.
A extensão tem como obrigação completar a formação acadêmica de uma forma mais técnica e pontual, assinalando até com um princípio de especialização. Ela vai integrar os alunos com a realidade da profissão, como também vai aumentar os horizontes destes com o contato de profissionais da área escolhida. Neste caso, devemos verificar que apesar dos eventos serem dirigidos a um determinado curso, não impede que alunos e profissionais de outros cursos, afins ou não, também participem, por interesses acadêmicos, profissionais ou particulares, fazendo com isso uma integração e confraternização maior. Esta abertura de pensamentos e de visões diferentes é extremamente positiva, pois vai realçar nos participantes novos modos de pensar os mesmos temas, enriquecendo os conhecimentos deles ao mesmo tempo em que têm conhecimento do outro, e como isto vai poder ajuda-lo no futuro profissional.
A extensão é a ponte que faz a ligação entre vários cursos. Podemos ver isso, principalmente entre os cursos da mesma área e áreas afins, como por exemplo: na área das humanas, entre cursos de história e sociologia; na área das exatas: agronomia e geologia; nas áreas das biológicas, entre a biologia e a farmacologia. Também pode acontecer entre as áreas, como: história e medicina; medicina e física; e informática e economia. Podemos entender que a extensão consegue, num mesmo evento, completar mais de um curso das mesmas áreas ou cursos das três áreas do conhecimento, promovendo a troca de idéias, ensinando a existência de uma integração do conhecimento e, principalmente, que um curso sem o auxílio do outro não prospera nas suas atividades e pesquisas.
Outro ponto em que a extensão trabalha é também na divulgação da pesquisa científica, pois poderá realizar eventos, para promover debates entre os pesquisadores, demonstrar os resultados de suas pesquisas e divulgar não só para o meio acadêmico, mas como para a sociedade em geral, a produção acadêmica de todos os envolvidos. Com estes eventos consegue captar alunos para se iniciar na área da pesquisa, fomentando neles o espírito do pesquisador, com isso abrindo um novo horizonte de perspectivas profissionais para estes.
A missão da extensão é muito grande e de suma importância. Pois ela tem que ativar nos alunos, principalmente, novas perspectivas profissionais, outras visões, trazer mais informações gerais, técnicas e de especialização, fazer a integração entre os vários cursos e áreas. Sendo que estes eventos não só ocorrem dentro de uma universidade, mas também poderão e devem atingir outras organizações acadêmicas, como também profissionais, levando à uma integração e troca de conhecimentos bem ampla; produzindo estímulos positivos em todos os envolvidos; tendo como resultado maior um grande acúmulo de informações.
Coloco com isso, que a extensão ao longo de um período de um ano letivo, deverá fazer pelo menos um evento direcionado a cada curso ou cursos afins. Pois ela deve atuar com bastante eficácia para atingir todos os cursos e dar a complementação necessária para todos eles. Para que obtenha maior êxito, deverá estar sempre a par das carências e dificuldades dos alunos nas suas áreas e cursos; para tal terá que estar pesquisando junto aos alunos, professores e organismos profissionais e o que o mercado de trabalho exige, para organizar um evento que venha a somar no curriculum do aluno, dando a estes mais dados e informações para entrar neste mercado. Também a extensão deverá avaliar através de pesquisas a sua atuação, e a qualidade de seus eventos, para ter sempre um bom nível e trazer o que é de interesse da comunidade acadêmica.
Estes eventos podem ser de cunho específico a um determinado curso ou cursos afins, ou de abrangência geral. Nos de assunto especifico, concentrado-se em uma matéria especifica, ou determinado assunto dentro de alguma matéria; ou ainda uma técnica ou método especifico de trabalho ou de pesquisa. Em geral, algum assunto que abranja mais de uma área de conhecimento ou de conhecimentos gerais como: eventos interdisciplinares ou eventos culturais, ou a divulgação de uma técnica ou ferramenta de trabalho de interesse geral, como: cursos de línguas e de sistemas de informática.
As formas de eventos que a extensão podem realizar são: cursos, seminários, semanas de divulgação de certos cursos ou técnicas, mesas redondas, debates, conferências e outros. O objetivo é trazer para o aluno conhecimento complementar ao da grade acadêmica de seu curso, para que este tenha uma visão maior da sociedade que integra, melhores informações, perspectivas de trabalho futuro e métodos e técnicas de trabalho., sempre trabalhando a noção de ética e de cidadania nele.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como podemos ver ao longo da analise dos documentos, que foram obtidos numa simples pesquisa na internet, a Extensão Universitária é uma ferramenta de grande importância, como política publica, para ser usada como inserção social, aproximando a academia das comunidades que a envolve. Percebemos que sua utilização por parte do governo ainda é acanhada, como também por parte dos estados, municípios e agencias financiadoras. Já existe por parte das universidades publicas, vários projetos, mas ainda existe espaço para muito mais. Podemos também destacar, que esses projetos não devem ter características assistências e filantrópicas, pois estas tornam o cidadão dependente do sistema, não auxiliando na sua capacitação para poder sair da condição de medicancia em que se encontra.
Do ponto de vista do aluno universitário, já destaquei acima a importância para a sua formação acadêmica, como também como cidadão.
Espero que a extensão universitária não fique estagnada, e se desenvolva não só nas universidades publicas, coma atinja também as particulares.
Bacharel em História pela FFLCH / USP, aluno com matricula especial na UNIR, e voluntário / colaborador do PIBIC /