segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Assistência Estudantil


O acesso à educação, assim como a sua continuidade, é um direito de tod@s e dever das instituições de ensino públicas. Para que se alcance a excelência acadêmica e a plena formação d@s estudantes uma política de assistência estudantil é imprescindível. A nossa universidade tem que combater a evasão e auxiliar a plenitude da vivência universitária. É nesse sentido que percebemos a centralidade de políticas como a Casa do Estudante, as bolsas de iniciação científica, de extensão e o refeitório universitário.

Verba para assistência estudantil é um investimento para a educação e direito dos estudantes. O RU é uma das políticas de assistência que precisam de atenção. As condições precárias que se encontra o nosso refeitório são decorrência de anos de pouco investimento e negligência. Há um descompasso entre o crescimento da universidade e os baixos investimentos no RU. A alimentação é condição mínima para que um estudante se mantenha estudando e como tal deve ser vista como um investimento na melhora da nossa universidade. O RU deve ser repensado no sentido de procurar formas de melhorar o seu atendimento promovendo mudanças como, venda de créditos em horários alternativos, gratuidade para os estudantes do grupo I e maiores discussões sobre seu funcionamento com a parte mais interessada, a comunidade universitária.

A UnB tem aumentado sua verba nos últimos anos. Com isso, percebemos que há espaço para que a política de assistência estudantil melhore. A Casa do Estudante Universitário (CEU) está há anos sem receber a atenção devida. Nos últimos meses vimos o saldo desse descaso. Para que um morador da CEU possa completar seus estudos é imprescindível uma qualidade de vida decente! Temos que garantir que os novos prédios que serão construídos sejam integrados não só à UnB, mas à Brasília, com acesso a transporte público e gratuito. Além disso, temos que ampliar o atendimento, tanto com mais vagas como com mais bolsas-permanência.

O investimento em assistência estudantil é fundamental para que a nossa educação superior possa ser completa. Os programas de bolsa (permanência, de extensão, iniciação científica) precisam ser reforçados. A bolsa-permanência tem que ser repensada. Hoje ela atua como uma bolsa-trabalho, explorando os estudantes grupo I. Essa bolsa tem que ser aliada à função da universidade e, portanto, deve ser ligada a atividades de pesquisa e extensão, e não de trabalho. Dessa forma a bolsa-permanência contribuiria com o tripé da educação superior. As bolsas de PIC (iniciação científica) e de PIBEX (de extensão) precisam ser ampliadas, para que mais estudantes possam se integrar a essas atividades e, ao mesmo tempo, ter condições materiais mínimas para dar continuidade à sua vivência acadêmica.

            As políticas de assistência, são imprescindíveis para o desenvolvimento dos estudantes e da própria UnB. Por isso, devemos percebê-las como investimento e não como meros gastos. O descaso com a CEU,  a gestão do RU e as poucas bolsas resultam em altos índices de evasão e não cumprimento da função social da nossa universidade. É com a preocupação de formar uma universidade cada vez melhor que viemos aqui, manifestar nossa visão e dialogar com os professores e servidores, buscando uma saída positiva para a assistência estudantil.

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